Os
trabalhadores moravam geralmente próximo às fábricas, mas precisavam acordar de
madrugada, porque o trabalho começava entre cinco e seis horas da manhã. As
mulheres acordavam sempre antes dos homens, porque precisavam preparar o
alimento que seria levado para o almoço. Tinham ainda que limpar a casa, lavar
a roupa e cuidar de crianças etc..
Alimentavam-se
basicamente de batatas cozidas com um pouco de bacon e chá. Sua antiga
alimentação, pão de aveia e cerveja caseira, tornara-se um luxo devido ao
aumento do preço dos cereais. Suas moradias eram pequenas, nas ruas havia lama
e lixo, o esgoto ficava sempre exposto. O mau cheiro era então, fortíssimo,
insuportável.
Se
os operários viviam em bairros e moradias miseráveis, a burguesia inglesa e
européia vivia de forma bastante confortável. Suas residências eram
cuidadosamente planejadas, com jardins internos, sala de jogos, recantos
femininos e masculinos, longos corredores para preservar a intimidade nos
inúmeros cômodos. Todo esse luxo ficavam longe e distante dos olhos dos
trabalhadores.
O
trabalho na fábrica era realizado em pé e durava muitas horas (entre catorze e
dezesseis horas). havia capatazes também, ou seja, pessoas que vigiavam o
trabalho dos operários. Os donos das fábricas, geralmente nem eram
conhecidos pelos trabalhadores, diferente do que acontecia nos tempos das
oficinas, ou das indústrias domésticas, quando havia um contato mais direto com
os patrões.
Havia
um intervalo para o almoço no final da manhã. Os operários sentavam no chão da
fábrica para comer e quase não conversavam pois em quinze minutos deveriam
retornar ao trabalho, o qual estendia-se até nove horas da noite,
aproximadamente. O desgaste era muito grande e vários deles não tinha
disposição para divertimentos. Alguns, porém, dirigiam-se aos bares, onde
bebiam gim - uma bebida muito mais forte do que a cerveja caseira -, até
uma certa hora, quando retornavam para casa. O jantar era, quase sempre à base
de batatas e sopa de aveia.
Enquanto
seus pais trabalhavam, as crianças ficavam sozinhas em casa. Geralmente os mais
velhos cuidavam dos mais novos. Porém, estavam sempre expostos às doenças, pois
o ambiente em que viviam era higienicamente precário. Vários pais acabavam
permitindo que seus filhos também fossem trabalhar nas fábricas. Isto porque
precisavam aumentar a pequena renda da família.
As
crianças começavam mais cedo ainda, aos cinco anos de idade, por exemplo.
Trabalhavam a mesma quantidade de horas que seus pais, eram vigiadas e
castigadas pelos capatazes e recebiam cerca de um sexto do salário dos adultos.
Devido a isso, as crianças passaram a ser cada vez mais empregadas, o
que causou o desemprego de muitos adultos. Antes da existência das
fábricas, já havia trabalho infantil - nas oficinas, por exemplo, mas era
intercalado com jogos e brincadeiras, o que não acontecia nas fábricas.
Texto oganizado por Hostelita
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