sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

20 motivos para ser a favor e 20 motivos para ser contra a descriminalização da maconha

20 motivos para ser a favor da descriminalização da maconha 

1- Consumo tradicional
Desde pelo menos 2.800 a.c. a maconha já era usada pelos chinesas para extração de fibra. As caravelas usadas na descoberta da América tinham suas velas feitas a partir da cannabis (mais tarde, Napoleão tentaria liquidar a marinha britânica barrando a chegada da cannabis russa). No final do século 19, 90% do papel usado provinha da cannabis, da qual foi feita a primeira Constituição Americana. Os primeiros jeans também foram feitos da fibra da planta. Sendo assim, seu consumo atravessa toda a história da humanidade.

2- Poderes medicinais
Da cannabis pode-se extrair 25 mil produtos de uso essencial para sociedade moderna. Roupas, calçados, produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tinta, isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro e muitos outros produtos fazem da cannabis uma matéria-prima valiosa para a indústria mundial. Além disso, a cannabis é uma alternativa eficiente e barata no combate a várias mazelas e doenças.

3- Liberdade religiosa
Religião, sexo e drogas era uma combinação natural até a chegada do cristianismo. A cannabis sempre foi usada como instrumento religioso. Suas sementes eram queimadas pelos sacerdotes para produzir os transes místicos. Seu uso com fins recreativos começou entre os gregos, nos grandes banquetes.

4- Uso industrial
O uso industrial da cannabis sativa foi em grande parte sufocado por uma campanha agressiva de um concorrente direto, a indústria do petróleo. Em 1940, Henry Ford chegou a produzir um carro com a fibra da cannabis e movido pelo óleo da semente da planta.

5- Divisão racial
No Brasil, as dificuldades para o uso industrial da cannabis provêm de uma campanha de viés racista contra a maconha. Os negros africanos que chegavam como escravos traziam as sementes em suas tangas e se reunião à noite para fumar e cantar. Cientistas procuraram depreciar aquele hábito, tentando, sem sucesso, evitar sua difusão entre os brancos.

6- Poderoso anestésico
A cannabis tem um grande poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjoo provocado pela quimioterapia contra o câncer. A cannabis tem um grande poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande remédio contra o enjoo provocado pela quimioterapia contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada contra a asma e o stress. Muitos pacientes com aids a utilizam para abrir o apetite e ganhar peso.

7- Hipocrisia
Algumas pesquisas indicam que a cannabis faz menos mal que o tabaco ou o álcool. Diferente destes, é inofensiva para terceiros, pois não provoca agressividade ou descontrole emocional. Não há indícios de dependentes de cannabis nas clínicas brasileiras. A única forma de matar alguém com maconha é jogando uma pedra do 25º andar de um prédio.

8- Impostos
Caso a maconha fosse descriminalizado o Estado poderia aplicar o imposto adquirido com usa venda para melhorar os serviços de saúde e previdência.

9- Direitos individuais
A proibição do uso da cannabis acaba muitas vezes provocando uma cadeia criminosa que jamais existiria. Já que a maconha não faz mal, por que prender quem a vende? E mesmo que fizesse, o cidadão não tem direito de fazer o que quiser com seu corpo?

10- Saúde pública
A criminalização acaba piorando a qualidade da droga e levando o usuário para o sistema público de saúde, onde o dinheiro público será empregado.

11- Violência
O Estado gasta milhões na luta contra a distribuição da maconha. Dinheiro que poderia ser bem melhor empregado caso as forças policiais se concentrassem nos verdadeiros crimes. Se a maconha fosse comprada na farmácia, haveria um contexto menos favorável para que o menino pobre da periferia ingressar no tráfico. Logo, a legalização seria um duro golpe no tráfico e em toda a cadeia criminosa que favorece a corrupção.

12- Extorsão
Pessoas de bem são abordadas como criminosas e arrancadas de sua tranquilidade, nos já famosos teatros de agressão e extorsão da polícia. A lei encaminhada no Congresso descriminalizando o usuário será um passo importante para abolir esta situação da vida brasileira. Mas a violência provocada pelo tráfico só será extinta com a liberação total da cannabis.

13- Casos de sucesso
Hoje, a cannabis é plantada na Hungria, França, Canadá, Inglaterra, {Portugal, China e Espanha. Com pesquisas genéticas, o Brasil poderia produzir em três anos a semente da cannabis sem o THC (o princípio psicoativo) para uso industrial.

14- Economia verde
A cannabis é uma matéria-prima estratégica para a sociedade sustentável. Ao contrário do petróleo, é um recurso renovável e limpo. Seu cultivo não necessita de agrotóxicos e tem alta performance produtiva, pois cresce em no máximo 110 dias(podendo ser associado a outras culturas). A cannabis favorece o princípio ecológico do desenvolvimento de regiões autossustentáveis, com plantações e fábricas lado a lado.
A luta pela plantação da cannabis sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta após o fim do petróleo e seus derivados.

15- Plantação
O plantio de maconha é muito mais rentável do que o de outras commodities que o Brasil produz. Sendo assim, legalizando a maconha o Brasil estaria permitindo que os agricultores estivessem produzindo um bem com maior valor agregado.

16- Ineficiente
Apenas um louco espera obter resultados diferentes com as mesmas ações. Mesmo com anos de guerra às drogas o consumo não para de subir. Portanto, proibir não apenas é ineficiente mas também é uma loucura. A proibição não é capaz de conter os efeitos negativos produzidos pelo uso de drogas. Dessa forma, o Estado deveria criar condições para que esse uso endêmico fosse menos prejudicial ao invés de simplesmente proibi-lo.

17- Descriminalizar não é legalizar
É preciso distinguir legalização de descriminalização. Quando se fala em descriminalizar, não estamos me referindo à droga, mas sim a uma conduta humana, individual, que atinge o social. Quando se fala em legalizar, falamos de um objeto. Podemos legalizar, por exemplo, o uso de determinado medicamento clandestino ou de um alimento qualquer desde que prove que eles não são prejudiciais à saúde. O mais certo é a descriminalização de uma conduta. Veja o seguinte exemplo: se alguém atirar um tijolo e ferir uma pessoa, não posso culpar o tijolo. Só posso criminalizar a conduta de quem o atirou. A mesma coisa acontece com a maconha. O problema é criminalizar seu uso e assumir as consequências da aplicação dessa lei.

18- Uso recreativo
A produção para uso recreacional geraria alguns milhares de empregos formais, especialmente no Semiárido Brasileiro, terreno fértil para a cultura da cannabis.

19- Drogas e crime
A taxa de crime em estados americanos no qual a maconha é legal é inferior aos estados americanos que se utilizam ainda da repressão da Maconha.

20- Contramão
O número de usuários de drogas só tende a subir. Desta forma, é uma insensatez do Estado criminalizar a conduta de uma parcela cada vez maior da população enquanto existem tantos outros crimes que ficam sem puniçao alguma. Caso o país não mude sua opinião sobre esse tema nosso sistema prisional continuará cada vez mais cheio e incapaz de regenerar  pessoas. Na prática, o Brasil se tornaria um Estado penal.

20 motivos para ser contra a descriminalização da maconha

1- Saúde

Por mais que os usuários digam que a maconha só lhes faça bem, não é isso que aponta a medicina. Os males que a maconha traz são tantos que nem vou discorrer sobre eles. Vejam abaixo os principais:

2- Circulação
Da mesma forma que o Estado pode proibir a circulação de um remédio que faz mal a saúde de seus cidadãos, pode também proibir a venda da maconha, posto que ela provoca males a saúde de seus consumidores. No final das contas, é no sistema público que a maioria desses usuários irá se tratar das doenças adquiridas pelo uso da cannabis.

3- Liberdade individual
Como qualquer um que lê esse blog já deve ter notado, sou um defensor ferrenho das liberdades individuais. Sendo assim, cada um tem o direito de fazer o que quiser com seu próprio corpo contanto que não afete a terceiros.
O problema da descriminalização das drogas é que ela implicaria numa clara afetação de terceiros, que seriam possivelmente prejudicados com mudanças sociais e econômicas advindas pela descriminalização. É bom deixar claro que o usuário atualmente, mesmo fazendo o que quer com seu corpo quando consome a maconha, acaba alimentando toda uma cadeia criminosa que já prejudica milhares de terceiros.

4- Fracasso na Holanda
Em primeiro lugar, a Holanda nunca legalizou completamente a venda de drogas. Na Holanda, o consumo APENAS em locais determinados é permitido, desde que com apresentação de carteirinha. A legislação está sendo revista. Reduzem-se as quantidades criminalizáveis. Proíbe-se o turista de comprar. E se inicia um processo de definição de maconha de alta intensidade tóxica, para proibi-la. A tendência é restringirem cada vez mais.

5- Turismo
É comum que turista vão para Holanda apenas para consumir drogas. O ambiente permissivo acaba provocando situações interessantes. Dentro dos estabelecimentos credenciados (coffee shops) o turista só encontra a cannabis aprovada pelo governo, mas basta colocar o pé pra fora dali para que lhe seja oferecido estasy e outras drogas ilícitas. Como é possível crer que legalizando uma droga o consumo de todas as outras não será aumentado?


6- Impacto social
Hoje é comum vermos pais colocando cerveja na chupeta de seus filhos. Todos achamos a coisa mais normal do mundo quando uma pessoa fuma na frente de uma criança. O que não mensuramos é que uma criança não tem consciência para assistir um ato como esse, posto que pela identificação com o adulto em questão, pode adquirir desejo pelo hábito nocivo a sua saúde. O problema em descriminalizar a maconha é que esse mesmo fenômeno será replicado. Pais e adultos irão consumir livremente e muitas crianças podem ser influenciadas.

7- Hipocrisia
Todos falam que é uma hipocrisia que a maconha que faz tão pouco mal seja criminalizada enquanto a cerveja e o álcool, que matam e destroem tanto, sejam legais. Sinceramente, isso não é um bom argumento para a legalização da maconha mas sim para sermos a favor de medidas mais duras contra o cigarro e o álcool.

8- Crime
Todos sabemos que as drogas alimentam o tráfico, e que este alimenta a violência. Então vamos conjecturar que a maconha seja liberada para ser vendida na farmácia. É natural crermos que ninguém se arriscará subir a um morro para comprar aquilo que pode comprar na farmácia. Sendo assim, o tráfico de fato seria enfraquecido. No entanto, isso não acaba com a raiz do problema.
A falta do recurso da maconha de fato irá fazer com que muitos traficantes perdessem sua fonte de renda. Porém seria uma inocência nossa crer que todos esses prejudicados iriam virar pastor ou procurar um emprego. O que eles iriam fazer é migrar para outros crimes (sequestro, assalto, etc).

9– Venda residual
Em todo o mundo, a legalização de algo não estingue a clandestinidade. Ex: Nos EUA, as clínicas de aborto clandestinas não acabaram depois da legalização do aborto.
Na Alemanha, o número de prostitutas de rua também não diminuiu depois da legalização da prostituição. Isso ocorre porque a legalização de algo quase sempre aumenta sua demanda. Logo, um jovem de 18 anos que não possa por algum motivo comprar sua sagrada cannabis na farmácia vai continuar recorrendo a um traficante.

10- Legalização e consumo
Muito se fala da Lei Seca. A realidade é que seu fim fez com que houvesse o aumento do consumo de bebida. Entendam: a demanda por bebida continuou a mesma, o que mudou foi a oferta. Logo, legalizar acarretaria em mais consumidores e mais gastos com saúde.

11- Porta para outras drogas
A maconha é sim porta para outras drogas mais pesadas. Muitos (não todos e também não são a maioria) dos usuários, em busca de sensações alucinógenas mais diversas acabam experimentando outras substâncias.

12- Efeito alucinógeno
Pensemos no Joãozinho, usuário da legalizada cannabis. De manhã ele fuma sua dose diária de maconha, ficando menos produtivo para o trabalho. Depois disso se dirige ao seu carro para mais um longo trajeto em direção ao seu serviço.
Ainda sob efeito do alucinógeno, bate com o carro e mata um inocente. Como fazer o teste do bafômetro no Joãozinho? Qual seria a dose máxima que ele poderia fazer uso?

13- Inflação
Como todos sabemos, plantar cannabis, devido ao seu valor, é algo bastante interessante para um agricultor.
Imaginemos que nossos agricultores, de olho nos lucros advindos do mercado da maconha, resolvessem plantar maconha. Desta forma, deixariam de plantar arroz, feijão e outros alimentos para plantar a cannabis. Como a oferta de alimento seria reduzida e sua demanda não, o preço dos alimentos seria elevado, prejudicando os mais pobres ( pois eles destinam a maior parte de sua renda a alimentação).

14- Precedente
Legalizando a maconha só por causa de sua incidência alta criaríamos perigoso precedente, pois todo o ato criminalizado que tivesse uma grande incidência e apoio de setores da sociedade seria legalizado, independente de suas consequências para a coletividade.

15- Uso compulsivo
“A maior parte do uso da maconha é recreacional”, mas tem grandes chances de se tornar em uso compulsivo devido a dependência psicológica que ela pode causar.
As drogas não escolhem as pessoas pelo seu poder aquisitivo, nem pelo nível cultural. A única maneira de afetar diretamente as causas fundamentais do uso de drogas é pela educação e prevenção. Qualquer nível de uso de drogas lícitas e ilícitas pode levar à dependência.

16–Prevenção
O mercado de drogas é comandado pela demanda e milhões de pessoas demandam drogas atualmente ilegais. Se a produção, suprimento e uso de algumas drogas forem descriminalizados, o suposto vazio que é preenchido pelo crime organizado sofrerá uma migração para o contrabando, ou seja, a atuação criminosa não deixará de existir. Os lucros neste mercado são de bilhões de dólares.
A legalização não tem o poder de forçar o crime organizado a sair do comércio de drogas, sua renda continuará com o contrabando e a regulação e controle do mercado não resolverão o problema do comércio ilegal e não passarão de uma grande falácia. Como exemplo claro disto temos a venda ilegal de maconha na Holanda, que apesar dos “coffee shops”, não parou.
O mercado internacional de drogas pode ser enfraquecido se menos pessoas consumirem drogas, isso só será alcançado através da prevenção.

17 – Aumento do uso
Entre alguns jovens, o uso ilegal da droga é visto como normal. Já em alguns lugares, a polícia faz total vista grossa a venda de drogas.
Como resultado dessa “legalização” vemos vidas destruídas e criminalidade. Intensificar a guerra contra as drogas somente pela repressão não está reduzindo a demanda, são necessários mais investimentos na prevenção dos males causados pelo uso das drogas hoje ilegais.
A legalização aceita que o uso da droga é normal e que é uma questão social e não uma questão de justiça criminal, no entanto o uso de drogas é normal apenas para algumas pessoas e é preciso vê-la como um problema de saúde pública com todas as suas consequências.
Cabe a nós decidirmos como vamos lidar com isto. O problema do uso de drogas evoluiu muito. Se condenações judiciais não são a solução, os cuidados médicos e a prevenção ainda são o melhor caminho.

18- Redução de danos
”A proibição conduziu à estigmatizarão e marginalização dos usuários de drogas. Os países que adotam políticas ultra-proibicionistas têm taxas muito elevadas de infecção por HIV entre usuários de drogas injetáveis.
As políticas de redução de danos estão em oposição direta às leis de proibição”. Nesse sentido torna-se mais evidente a necessidade de informação “aberta, honesta e verdadeira”.
A prevenção, num contexto de proibição, ainda é o melhor caminho em relação à legalização. Há também uma necessidade explícita de uma maior acessibilidade dos dependentes aos serviços de saúde pública e às redes voltadas à atenção psicossocial.

19 – Interesses financeiros
“O mercado de drogas ilegais representa cerca de 8% de todo o comércio mundial (em torno de 600 bilhões de dólares ano). Países inteiros são comandados sob a influência, que corrompe, dos cartéis das drogas”.
A legalização não faria com que estes cartéis desistissem do seu rentável negócio, ou mesmo dissuadisse os pequenos traficantes a mudar de ramo, dizemos isso baseados na experiência da Holanda, em que pequenos “drug dealers” fazem seu comercio nas portas dos fundos da “coffee Shops”. A migração para o contrabando seria um caminho natural desses grupos criminosos e pequenos traficantes.
Os impostos seriam escoados nas atividades ilegais e, portanto, a legalização não geraria impostos suficientes para ações que visassem a prevenção e, não diminuiria o alto nível de corrupção que há no Brasil. As nações estrangeiras ainda seriam reféns da produção de drogas dessas “nações produtoras”, uma vez que elas ainda seriam as principais fornecedoras.

20 – A PROIBIÇÃO NÃO FUNCIONA, NEM A LEGALIZAÇÃO
Se a proibição não funciona, a legalização significa ir ao outro extremo do dilema sem resultados comprovados.
A prevenção ao uso de drogas, baseada na educação, na informação direta, objetiva e sincera, ainda situa-se num plano de soluções viável e plenamente possível.
A inserção de uma disciplina referente às informações sobre as principais substâncias ilícitas, desde o Ensino Fundamental é um passo lógico, antecedido é claro, pela capacitação de professores de Química, Biologia, Português, Sociologia, entre outras disciplinas para tratar do assunto em sala de aula e sem especulações, com dados científicos e realistas sobre as consequências do uso de substâncias proibidas. Quem desejar utilizar drogas ilícitas terá que estar bem alerta sobre todos os riscos (à saúde e judiciais) que decorrem deste ato.

Texto copiado do endereço: https://acidblacknerd.wordpress.com/


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