O uso da História deve aproximar-se das experiências inerentes à turma.
Visando fomentar essa discussão de uma forma diferente, sugerimos ao professor a utilização dos versos da canção “Canción por la unidad latinoamericana” feita através de uma parceria realizada entre Chico Buarque e Pablo Milanês. Antes do trabalho com a letra, destaque o ano de composição da canção, assinalando quais os possíveis interesses e motivações levariam esses dois artistas a se unirem para realizar a produção de tal obra.
Feita essa primeira explanação, realize a escuta coletiva da canção e a leitura de cada um dos versos da letra. Caso ache interessante, tendo em vista que a versão original alterna versos em português e espanhol, o trabalho com a canção pode ser previamente constituído de uma aula na qual a turma realize a tradução completa da mesma para o nosso idioma. Superada essa etapa de conhecimento e adaptação da música, promova a realização de um trabalho com os seguintes versos:
E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória
A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue
É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos
Realizando uma separação entre a primeira e as duas últimas estrofes, pergunte aos alunos que concordam com as opiniões mostradas em cada uma das partes da letra. Saliente para a importância de que a sinceridade do debate é o fator de motivação principal, com vistas a não manifestar um repúdio impensado ao conhecimento histórico, falar bem da matéria para agradar ao professor ou fazer uma boa imagem entre os colegas. O foco central é determinar uma discussão sobre qual a importância que a história pode conter.
Na medida em que as opiniões se colocam, o professor tem a capacidade de dialogar com o conhecimento oferecido pela turma. Além de mostrar os usos e lugar que a História possui em nosso cotidiano, o professor também pode indicar que a visita ao passado pode ser feita sob diferentes formas, e que o conhecimento histórico não está fadado a um ideal de evolução ou progresso ininterrupto que muito se dissemina nas séries iniciais da vida estudantil.
Para encerrar o debate, o professor pode requerer à turma a formulação de uma atividade na qual eles encontrem alguma experiência do passado que retrate muita importância para eles no presente. Ao mesmo tempo em que se pode abrir “portas” para o peso que a História tem na vida de cada um, o professor pode finalizar tal discussão mostrando algum tema do tempo presente influenciado pelas questões do passado.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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