20 motivos para ser a favor da
descriminalização da maconha
1- Consumo tradicional
Desde pelo menos 2.800 a.c. a
maconha já era usada pelos chinesas para extração de fibra. As caravelas usadas
na descoberta da América tinham suas velas feitas a partir da cannabis (mais
tarde, Napoleão tentaria liquidar a marinha britânica barrando a chegada da
cannabis russa). No final do século 19, 90% do papel usado provinha da
cannabis, da qual foi feita a primeira Constituição Americana. Os primeiros
jeans também foram feitos da fibra da planta. Sendo assim, seu consumo
atravessa toda a história da humanidade.
2- Poderes medicinais
Da cannabis pode-se extrair 25
mil produtos de uso essencial para sociedade moderna. Roupas, calçados,
produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tinta,
isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro e muitos
outros produtos fazem da cannabis uma matéria-prima valiosa para a indústria
mundial. Além disso, a cannabis é uma alternativa eficiente e barata no combate
a várias mazelas e doenças.
3- Liberdade religiosa
Religião, sexo e drogas era uma
combinação natural até a chegada do cristianismo. A cannabis sempre foi usada
como instrumento religioso. Suas sementes eram queimadas pelos sacerdotes para
produzir os transes místicos. Seu uso com fins recreativos começou entre os gregos,
nos grandes banquetes.
4- Uso industrial
O uso industrial da cannabis
sativa foi em grande parte sufocado por uma campanha agressiva de um
concorrente direto, a indústria do petróleo. Em 1940, Henry Ford chegou a
produzir um carro com a fibra da cannabis e movido pelo óleo da semente da
planta.
5- Divisão racial
No Brasil, as dificuldades para o
uso industrial da cannabis provêm de uma campanha de viés racista contra a
maconha. Os negros africanos que chegavam como escravos traziam as sementes em
suas tangas e se reunião à noite para fumar e cantar. Cientistas procuraram
depreciar aquele hábito, tentando, sem sucesso, evitar sua difusão entre os
brancos.
6- Poderoso anestésico
A cannabis tem um grande poder
medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é considerada um grande
remédio contra o enjoo provocado pela quimioterapia contra o câncer. A cannabis
tem um grande poder medicinal. Na China era usada como anestésico. Hoje, é
considerada um grande remédio contra o enjoo provocado pela quimioterapia
contra o câncer. É aceita também no tratamento de glaucoma e pode ser usada
contra a asma e o stress. Muitos pacientes com aids a utilizam para abrir o
apetite e ganhar peso.
7- Hipocrisia
Algumas pesquisas indicam que a
cannabis faz menos mal que o tabaco ou o álcool. Diferente destes, é inofensiva
para terceiros, pois não provoca agressividade ou descontrole emocional. Não há
indícios de dependentes de cannabis nas clínicas brasileiras. A única forma de
matar alguém com maconha é jogando uma pedra do 25º andar de um prédio.
8- Impostos
Caso a maconha fosse descriminalizado
o Estado poderia aplicar o imposto adquirido com usa venda para melhorar os
serviços de saúde e previdência.
9- Direitos individuais
A proibição do uso da cannabis
acaba muitas vezes provocando uma cadeia criminosa que jamais existiria. Já que
a maconha não faz mal, por que prender quem a vende? E mesmo que fizesse, o
cidadão não tem direito de fazer o que quiser com seu corpo?
10- Saúde pública
A criminalização acaba piorando a
qualidade da droga e levando o usuário para o sistema público de saúde, onde o
dinheiro público será empregado.
11- Violência
O Estado gasta milhões na luta
contra a distribuição da maconha. Dinheiro que poderia ser bem melhor empregado
caso as forças policiais se concentrassem nos verdadeiros crimes. Se a maconha
fosse comprada na farmácia, haveria um contexto menos favorável para que o
menino pobre da periferia ingressar no tráfico. Logo, a legalização seria um
duro golpe no tráfico e em toda a cadeia criminosa que favorece a corrupção.
12- Extorsão
Pessoas de bem são abordadas como
criminosas e arrancadas de sua tranquilidade, nos já famosos teatros de
agressão e extorsão da polícia. A lei encaminhada no Congresso
descriminalizando o usuário será um passo importante para abolir esta situação
da vida brasileira. Mas a violência provocada pelo tráfico só será extinta com
a liberação total da cannabis.
13- Casos de sucesso
Hoje, a cannabis é plantada na
Hungria, França, Canadá, Inglaterra, {Portugal, China e Espanha. Com pesquisas
genéticas, o Brasil poderia produzir em três anos a semente da cannabis sem o
THC (o princípio psicoativo) para uso industrial.
14- Economia verde
A cannabis é uma matéria-prima
estratégica para a sociedade sustentável. Ao contrário do petróleo, é um
recurso renovável e limpo. Seu cultivo não necessita de agrotóxicos e tem alta
performance produtiva, pois cresce em no máximo 110 dias(podendo ser associado
a outras culturas). A cannabis favorece o princípio ecológico do
desenvolvimento de regiões autossustentáveis, com plantações e fábricas lado a
lado.
A luta pela plantação da cannabis sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta após o fim do petróleo e seus derivados.
A luta pela plantação da cannabis sativa com uso industrial, já adotada por grifes internacionais como Adidas, Guess e Calvin Klein, é uma janela de otimismo para o futuro sustentável do planeta após o fim do petróleo e seus derivados.
15- Plantação
O plantio de maconha é muito mais
rentável do que o de outras commodities que o Brasil produz. Sendo assim,
legalizando a maconha o Brasil estaria permitindo que os agricultores
estivessem produzindo um bem com maior valor agregado.
16- Ineficiente
Apenas um louco espera obter
resultados diferentes com as mesmas ações. Mesmo com anos de guerra às drogas o
consumo não para de subir. Portanto, proibir não apenas é ineficiente mas
também é uma loucura. A proibição não é capaz de conter os efeitos negativos
produzidos pelo uso de drogas. Dessa forma, o Estado deveria criar condições
para que esse uso endêmico fosse menos prejudicial ao invés de simplesmente proibi-lo.
17- Descriminalizar não é
legalizar
É preciso distinguir legalização
de descriminalização. Quando se fala em descriminalizar, não estamos me
referindo à droga, mas sim a uma conduta humana, individual, que atinge o
social. Quando se fala em legalizar, falamos de um objeto. Podemos legalizar,
por exemplo, o uso de determinado medicamento clandestino ou de um alimento
qualquer desde que prove que eles não são prejudiciais à saúde. O mais certo é
a descriminalização de uma conduta. Veja o seguinte exemplo: se alguém atirar
um tijolo e ferir uma pessoa, não posso culpar o tijolo. Só posso criminalizar
a conduta de quem o atirou. A mesma coisa acontece com a maconha. O problema é
criminalizar seu uso e assumir as consequências da aplicação dessa lei.
18- Uso recreativo
A produção para uso recreacional
geraria alguns milhares de empregos formais, especialmente no Semiárido
Brasileiro, terreno fértil para a cultura da cannabis.
19- Drogas e crime
A taxa de crime em estados
americanos no qual a maconha é legal é inferior aos estados americanos que se
utilizam ainda da repressão da Maconha.
20- Contramão
O número de usuários de drogas só
tende a subir. Desta forma, é uma insensatez do Estado criminalizar a conduta
de uma parcela cada vez maior da população enquanto existem tantos outros
crimes que ficam sem puniçao alguma. Caso o país não mude sua opinião sobre
esse tema nosso sistema prisional continuará cada vez mais cheio e incapaz de
regenerar pessoas. Na prática, o Brasil se tornaria um Estado penal.
20 motivos para ser contra a
descriminalização da maconha
1- Saúde
Por mais que os usuários digam
que a maconha só lhes faça bem, não é isso que aponta a medicina. Os males que
a maconha traz são tantos que nem vou discorrer sobre eles. Vejam abaixo os
principais:
2- Circulação
Da mesma forma que o Estado pode
proibir a circulação de um remédio que faz mal a saúde de seus cidadãos, pode
também proibir a venda da maconha, posto que ela provoca males a saúde de seus
consumidores. No final das contas, é no sistema público que a maioria desses
usuários irá se tratar das doenças adquiridas pelo uso da cannabis.
3- Liberdade individual
Como qualquer um que lê esse blog
já deve ter notado, sou um defensor ferrenho das liberdades individuais. Sendo
assim, cada um tem o direito de fazer o que quiser com seu próprio corpo
contanto que não afete a terceiros.
O problema da descriminalização
das drogas é que ela implicaria numa clara afetação de terceiros, que seriam possivelmente
prejudicados com mudanças sociais e econômicas advindas pela descriminalização.
É bom deixar claro que o usuário atualmente, mesmo fazendo o que quer com seu
corpo quando consome a maconha, acaba alimentando toda uma cadeia criminosa que
já prejudica milhares de terceiros.
4- Fracasso na Holanda
Em primeiro lugar, a Holanda
nunca legalizou completamente a venda de drogas. Na Holanda, o consumo APENAS em
locais determinados é permitido, desde que com apresentação de carteirinha.
A legislação está sendo revista. Reduzem-se as quantidades criminalizáveis.
Proíbe-se o turista de comprar. E se inicia um processo de definição de maconha
de alta intensidade tóxica, para proibi-la. A tendência é restringirem cada vez
mais.
5- Turismo
É comum que turista vão para
Holanda apenas para consumir drogas. O ambiente permissivo acaba provocando
situações interessantes. Dentro dos estabelecimentos credenciados (coffee
shops) o turista só encontra a cannabis aprovada pelo governo, mas basta colocar
o pé pra fora dali para que lhe seja oferecido estasy e outras drogas ilícitas.
Como é possível crer que legalizando uma droga o consumo de todas as outras não
será aumentado?
6- Impacto social
Hoje é comum vermos pais
colocando cerveja na chupeta de seus filhos. Todos achamos a coisa mais normal
do mundo quando uma pessoa fuma na frente de uma criança. O que não mensuramos
é que uma criança não tem consciência para assistir um ato como esse, posto que
pela identificação com o adulto em questão, pode adquirir desejo pelo hábito
nocivo a sua saúde. O problema em descriminalizar a maconha é que esse mesmo
fenômeno será replicado. Pais e adultos irão consumir livremente e muitas
crianças podem ser influenciadas.
7- Hipocrisia
Todos falam que é uma hipocrisia
que a maconha que faz tão pouco mal seja criminalizada enquanto a cerveja e o
álcool, que matam e destroem tanto, sejam legais. Sinceramente, isso não é um
bom argumento para a legalização da maconha mas sim para sermos a favor de
medidas mais duras contra o cigarro e o álcool.
8- Crime
Todos sabemos que as drogas
alimentam o tráfico, e que este alimenta a violência. Então vamos conjecturar
que a maconha seja liberada para ser vendida na farmácia. É natural crermos que
ninguém se arriscará subir a um morro para comprar aquilo que pode comprar na
farmácia. Sendo assim, o tráfico de fato seria enfraquecido. No entanto, isso
não acaba com a raiz do problema.
A falta do recurso da maconha de
fato irá fazer com que muitos traficantes perdessem sua fonte de renda. Porém
seria uma inocência nossa crer que todos esses prejudicados iriam virar pastor
ou procurar um emprego. O que eles iriam fazer é migrar para outros crimes
(sequestro, assalto, etc).
9– Venda residual
Em todo o mundo, a legalização de
algo não estingue a clandestinidade. Ex: Nos EUA, as clínicas de aborto
clandestinas não acabaram depois da legalização do aborto.
Na Alemanha, o número de
prostitutas de rua também não diminuiu depois da legalização da prostituição.
Isso ocorre porque a legalização de algo quase sempre aumenta sua demanda.
Logo, um jovem de 18 anos que não possa por algum motivo comprar sua sagrada
cannabis na farmácia vai continuar recorrendo a um traficante.
10- Legalização e consumo
Muito se fala da Lei Seca. A
realidade é que seu fim fez com que houvesse o aumento do consumo de bebida.
Entendam: a demanda por bebida continuou a mesma, o que mudou foi a oferta.
Logo, legalizar acarretaria em mais consumidores e mais gastos com saúde.
11- Porta para outras drogas
A maconha é sim porta para outras
drogas mais pesadas. Muitos (não todos e também não são a maioria) dos
usuários, em busca de sensações alucinógenas mais diversas acabam
experimentando outras substâncias.
12- Efeito alucinógeno
Pensemos no Joãozinho, usuário da
legalizada cannabis. De manhã ele fuma sua dose diária de maconha, ficando
menos produtivo para o trabalho. Depois disso se dirige ao seu carro para mais
um longo trajeto em direção ao seu serviço.
Ainda sob efeito do alucinógeno,
bate com o carro e mata um inocente. Como fazer o teste do bafômetro no
Joãozinho? Qual seria a dose máxima que ele poderia fazer uso?
13- Inflação
Como todos sabemos, plantar
cannabis, devido ao seu valor, é algo bastante interessante para um agricultor.
Imaginemos que nossos
agricultores, de olho nos lucros advindos do mercado da maconha, resolvessem
plantar maconha. Desta forma, deixariam de plantar arroz, feijão e outros
alimentos para plantar a cannabis. Como a oferta de alimento seria reduzida e
sua demanda não, o preço dos alimentos seria elevado, prejudicando os mais
pobres ( pois eles destinam a maior parte de sua renda a alimentação).
14- Precedente
Legalizando a maconha só por
causa de sua incidência alta criaríamos perigoso precedente, pois todo o ato
criminalizado que tivesse uma grande incidência e apoio de setores da sociedade
seria legalizado, independente de suas consequências para a coletividade.
15- Uso compulsivo
“A maior parte do uso da maconha
é recreacional”, mas tem grandes chances de se tornar em uso compulsivo devido
a dependência psicológica que ela pode causar.
As drogas não escolhem as pessoas
pelo seu poder aquisitivo, nem pelo nível cultural. A única maneira de afetar
diretamente as causas fundamentais do uso de drogas é pela educação e prevenção.
Qualquer nível de uso de drogas lícitas e ilícitas pode levar à dependência.
16–Prevenção
O mercado de drogas é comandado
pela demanda e milhões de pessoas demandam drogas atualmente ilegais. Se a
produção, suprimento e uso de algumas drogas forem descriminalizados, o suposto
vazio que é preenchido pelo crime organizado sofrerá uma migração para o
contrabando, ou seja, a atuação criminosa não deixará de existir. Os lucros
neste mercado são de bilhões de dólares.
A legalização não tem o poder de
forçar o crime organizado a sair do comércio de drogas, sua renda continuará
com o contrabando e a regulação e controle do mercado não resolverão o problema
do comércio ilegal e não passarão de uma grande falácia. Como exemplo claro
disto temos a venda ilegal de maconha na Holanda, que apesar dos “coffee
shops”, não parou.
O mercado internacional de drogas
pode ser enfraquecido se menos pessoas consumirem drogas, isso só será alcançado
através da prevenção.
17 – Aumento do uso
Entre alguns jovens, o uso ilegal
da droga é visto como normal. Já em alguns lugares, a polícia faz total vista
grossa a venda de drogas.
Como resultado dessa
“legalização” vemos vidas destruídas e criminalidade. Intensificar a guerra
contra as drogas somente pela repressão não está reduzindo a demanda, são
necessários mais investimentos na prevenção dos males causados pelo uso das drogas
hoje ilegais.
A legalização aceita que o uso da
droga é normal e que é uma questão social e não uma questão de justiça
criminal, no entanto o uso de drogas é normal apenas para algumas pessoas e é
preciso vê-la como um problema de saúde pública com todas as suas consequências.
Cabe a nós decidirmos como vamos
lidar com isto. O problema do uso de drogas evoluiu muito. Se condenações
judiciais não são a solução, os cuidados médicos e a prevenção ainda são o
melhor caminho.
18- Redução de danos
”A proibição conduziu à estigmatizarão
e marginalização dos usuários de drogas. Os países que adotam políticas
ultra-proibicionistas têm taxas muito elevadas de infecção por HIV entre
usuários de drogas injetáveis.
As políticas de redução de danos
estão em oposição direta às leis de proibição”. Nesse sentido torna-se mais
evidente a necessidade de informação “aberta, honesta e verdadeira”.
A prevenção, num contexto de
proibição, ainda é o melhor caminho em relação à legalização. Há também uma
necessidade explícita de uma maior acessibilidade dos dependentes aos serviços
de saúde pública e às redes voltadas à atenção psicossocial.
19 – Interesses financeiros
“O mercado de drogas ilegais
representa cerca de 8% de todo o comércio mundial (em torno de 600 bilhões de
dólares ano). Países inteiros são comandados sob a influência, que corrompe,
dos cartéis das drogas”.
A legalização não faria com que
estes cartéis desistissem do seu rentável negócio, ou mesmo dissuadisse os
pequenos traficantes a mudar de ramo, dizemos isso baseados na experiência da
Holanda, em que pequenos “drug dealers” fazem seu comercio nas portas dos
fundos da “coffee Shops”. A migração para o contrabando seria um caminho
natural desses grupos criminosos e pequenos traficantes.
Os impostos seriam escoados nas
atividades ilegais e, portanto, a legalização não geraria impostos suficientes
para ações que visassem a prevenção e, não diminuiria o alto nível de corrupção
que há no Brasil. As nações estrangeiras ainda seriam reféns da produção de
drogas dessas “nações produtoras”, uma vez que elas ainda seriam as principais
fornecedoras.
20 – A PROIBIÇÃO NÃO FUNCIONA,
NEM A LEGALIZAÇÃO
Se a proibição não funciona, a
legalização significa ir ao outro extremo do dilema sem resultados comprovados.
A prevenção ao uso de drogas,
baseada na educação, na informação direta, objetiva e sincera, ainda situa-se
num plano de soluções viável e plenamente possível.
A inserção de uma disciplina
referente às informações sobre as principais substâncias ilícitas, desde o
Ensino Fundamental é um passo lógico, antecedido é claro, pela capacitação de
professores de Química, Biologia, Português, Sociologia, entre outras
disciplinas para tratar do assunto em sala de aula e sem especulações, com
dados científicos e realistas sobre as consequências do uso de substâncias
proibidas. Quem desejar utilizar drogas ilícitas terá que estar bem alerta
sobre todos os riscos (à saúde e judiciais) que decorrem deste ato.
Texto copiado do endereço: https://acidblacknerd.wordpress.com/